Em Lins, a semana que passou foi rotineira e sem maiores incidentes. No entanto, no terreno pessoal enfrentei duas tentativas de golpe que passo a relatar.

            Recebi por e-mail a informação de meu plano de saúde dizendo que havia sido aprovado meu pedido de consulta com determinado médico infectologista da cidade de Franca. Citava o nome do profissional, seu endereço e telefone. A consulta estava marcada para o dia seguinte à notificação, às 18 horas. Embora o e-mail parecesse ser legal achei estranho, pois não havia solicitado nada e nem sequer conhecia o citado médico. Foi no finalzinho da mensagem eletrônica que encontrei o nó da malandragem. Lia-se: ¨Segue anexo o ICalendar para você baixar e adicionar o compromisso em  sua agenda eletrônica.* . É óbvio que não cliquei embora ficasse curioso por saber seu conteúdo. Notifiquei a maracutaia ao meu plano de saúde pelo seu 0800 e contatei a secretária do médico em Franca que confirmou a inexistência de quaisquer consultas em meu nome.

            Nem bem me safei dessa pegadinha bem engendrada, na sexta-feira recebi um telefonema de suposta central de atendimento onde uma voz feminina, com carregada pronúncia gaúcha, me informava de que por eu, por ser cliente da CPFL (companhia de eletricidade que atende à nossa cidade), teria imperdíveis descontos em várias lojas e firmas da região. Dei corda para saber até onde aquilo iria. Sem citar quais seriam as empresas em que eu poderia desfrutar dos descontos, a moça foi direto ao golpe, dizendo: ¨nós não pedimos dados pessoais do senhor, apenas nos informe o número de sua conta na CPFL, que consta no último recibo que o senhor pagou. ¨. Desliguei imediatamente e fiquei a matutar o que ela poderia fazer com tal informação. Veio-me a luz: a CPFL faz pequenos empréstimos aos seus clientes e os cobra através de pequenas parcelas nos recibos que vierem a ser quitados posteriormente. Para tanto, o interessado deverá apresentar o recibo do último pagamento de energia, sua RG e o número do CPF. Não custaria nada à golpista falsificar tais documentos, levantar o empréstimo e deixar seu pagamento para o otário que caiu no golpe.

            Terminei a semana pensando seriamente em procurar dona Maria benzedeira, pois quero me manter bem longe dessa malandragem que a cada dia cria novas armadilhas para os incautos e inocentes cidadãos. Magalê, mangô! ...

 

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