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Em Lins, a semana passada não foi muito diferente das demais cidades paulistas e brasileiras: tudo girou em torno do combate à Covid-19. Os dez novos leitos prometidos por Dória não vieram e a verba de R$ 1,5 milhão só saiu após ingentes esforços do nosso prefeito. No entanto, a verba é específica para custeio impossibilitando seu uso para compra de equipamentos. A boa nova foi a chegada de outro lote de vacinas e sua imediata aplicação nos idosos de 80 a 84 anos. Nesta semana, os de 77 a 79 anos deverão receber a primeira dose do imunizante.
Na Câmara municipal, o protagonismo ficou com seu presidente Robson Peres e o vereador Tuty Pereira. Este, “motivado pela vacinação do ex-administrador da Santa Casa e sua esposa, que atuava como voluntária”, no dia 22 de janeiro último, requereu à Prefeitura a lista das pessoas vacinadas no município contra a Covid-19. A listagem foi-lhe enviada, mas o presidente da Casa pediu ao Tuty que assinasse um termo de responsabilidade comprometendo-se a não fazer qualquer tipo de divulgação dela, alegando “que se tratava de informações de caráter pessoal/médico.”
A determinação de Robson Peres, neste momento em que a vacina é disputada por todos os cidadãos como se fosse ouro, leva às diversas indagações: o que poderia haver de irregular na listagem dos vacinados a ponto de guardar-se sigilo dela? Teria havido fura-fila de alguém de prestígio? A decisão do presidente seria para resguardar a Casa da possibilidade de uso político das eventuais informações? Isso seria saudável para a cidade?
Entende-se que Robson Peres talvez tenha procurado agir da melhor forma a fim de evitar a revolta dos munícipes, neste momento tão agudo em que as vacinas são poucas e escassas.
Explica, mas não justifica. A tão propalada transparência da nossa Casa de Leis não pode ser deixada de lado. Espera-se que a decisão de seu presidente seja revista em nome dela.
cilmarmachado@yahoo.com.br