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Geral

Saneamento - Estação de tratamento de esgotos receberá cobertura este ano

no dia 05 de janeiro de 2023 às 14:48
- Antonio Rodrigues (Dalua) superintendente da Sabesp (foto: PML)

O superintendente da Unidade de Negócios da Sabesp, com sede em Lins e que responde por outros 81 municípios, Antônio Rodrigues (Dalua) falou ao Debate, no dia 29 de dezembro, sobre os investimentos deste ano e o que está planejado para Lins em 2023.

A implantação da rede de esgoto e o complemento da rede de água no Parque Industrial I (PI-I) foi a primeira obra citada por Dalua. Criado há cerca de 30 anos, com várias empresas instaladas, o PI-I não dispunha dessa infraestrutura, situação que dificultava a expansão das já existentes e a chegada de novos investidores. A obra atendeu ao pedido do prefeito dr. João Pandolfi. “O serviço está praticamente finalizado, tinha uma tubulação aérea que retardou um pouco, mas todas as empresas já podem utilizar a rede coletora de esgotos e se servir do abastecimento de água”, esclareceu.  

O Parque Industrial I faz frente com o Parque Industrial da JBS (antigo Bertin) e o Sindicato Rural, estende-se até a base da Polícia Rodoviária Estadual e o limite do Lins Country Club. As obras começaram em julho, foram instalados 2,4 mil metros de rede coletora de esgoto e cerca de 400 metros de rede de água ao custo aproximado de R$ 700 mil, bancado pela Sabesp.

Na área existem 19 terrenos, dos quais 12 são da Prefeitura e sete particulares. Dos 12, sete estão com empresas instaladas e funcionando, três já foram licitados e se encontram em fase de implantação e há, ainda, dois lotes disponíveis.

Outras melhorias

A estação de tratamento de esgotos passou por uma limpeza em 2022 e este ano será coberta, receberá aeradores (equipamentos que injetam oxigênio para melhor a eficiência das lagoas e evitar o mau-cheiro). “São investimentos que chegam próximo a R$ 10 milhões”, dimensionou Daluns. Também será construída uma usina de compostagem.

A estação elevatória de esgotos, no Jardim União, entra agora na segunda etapa de construção. Já houve o remanejamento da maior parte do coletor tronco que passa pela avenida Tiradentes. “Já foram investidos R$ 6 milhões e devemos gastar montante igual ou um pouco superior nas próximas etapas em 2023 e 2024”, informou.

Este ano serão instalados dois novos reservatórios em área cedida pelo município, com investimento da ordem de R$ 2 milhões, localizados na rua Voluntário Vitoriano Borges, ao lado da Casa da Agricultura. “Se a gente somar essas obras, chegamos próximo de R$ 20 milhões. Quem mora em Lins talvez pode não perceber porque tem água 24 horas, esgoto coletado e tratado, mas essa demanda existe dentro da análise do diagnóstico do sistema de saneamento de Lins. Temos essas demandas e precisamos fazer esses investimentos para acompanhar a qualidade do serviço”, observou.

Dalua falou também de investimentos nos outros municípios, citou a perfuração de um poção que capta água do Aquífero Guarani em Jales, com investimento de R$ 10 milhões. Vamos iniciar a perfuração de outro poção em Monte Aprazível, também ao custo entre R$ 10 milhões e 12 milhões, e até o final do ano iniciaremos a perfuração do poção em Fernandópolis, também com esse montante de investimento”.

Foi inaugurada uma usina de energia em Monte Alto e em Monte Aprazível será iniciada a construção de outra. Em Lins será construída uma usina solar na estação de tratamento de esgotos, gerando energia para o sistema e desonerando a companhia dessa conta. Segundo Dalua, a segunda maior despesa da Sabesp é com energia elétrica.

Este ano foram perfurados mais três poços em Lins, que oferecem mais de 100 mil litros de água por hora, as redes que interligam esses poços com mais de dois quilômetros estão executadas. Também houve a manutenção do poço do Labate, que voltou a fornecer 100 mil litros por hora. Somente esses poços produzem quatro milhões de litros de água a cada 20 horas. “Essa segurança não é eterna, é para 2023, 2024 e já temos que começar a pensar para frente, 25, 26 e 27. O saneamento não te dá possibilidade de dormir em berço esplêndido. Você não pode sair perfurando poço sem necessidade, mas também não pode esperar faltar água para perfurar o poço. Então, a gente fica muito ligado com nossas equipes para que não sejamos pegos de surpresa e nem faça obra desnecessária. O dinheiro é público, pago pela população através das contas e nós temos que fazer bom uso desses valores”.

Em Lins, a companhia tem importante participação em parcerias com o município nas questões ambientais e sociais.

Universalisação do saneamento

As pequenas comunidades como, por exemplo, o Distrito do Guapiranta em Lins, também têm saneamento. Segundo o superintendente, das 46 pequenas comunidades existentes -- uma delas com 15 ligações de água - só faltam em três e os serviços já estão sendo executados para fornecer água, coleta, afastamento e tratamento dos esgotos. “Nós estamos muito adiantados em relação ao Brasil. Essa é uma condição de Japão, Europa, de lugares muito ricos. Enquanto a gente vê cidades buscando o tratamento de esgotos, Lins, Jales e Fernandópolis, para citar alguns exemplos, tratam há mais de 20 anos. Nós estamos muito adiantados em relação ao Brasil, que trata somente 20% e coleta 50%. Tem mais de 100 milhões de brasileiros que não tem coleta de esgoto”, ressaltou.

 

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